Página 6 - junho 2015

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BAIXA CONCORRÊNCIA
DE MERCADO DIFICULTA QUEDA
DE PREÇOS
Segmentos da indústria nos quais a concor-
rência é pequena favorece o repasse de custos
ao consumidor e dificulta a queda nos preços,
num período em que a atividade econômica é
fraca no Brasil e no qual os estoques estão ele-
vados. A avaliação é do coordenador do Índice
de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André
Chagas. A seu ver, este vem sendo um grande
obstáculo até para que a política monetária
mais dura adotada pelo Banco Central atinja
o seu objetivo mais rapidamente, de combate
à inflação elevada verificada no País em 2015.
O IPC de maio, conforme divulgação feita
no dia 2 de junho pela Fipe, registrou taxa de
0,62% na capital paulista. No mesmo período,
o estudo específico do instituto detectou que
os alimentos industrializados apresentaram au-
mento de 0,64%; os artigos de limpeza tiveram
alta de 1,46%; os preços de itens de higiene e
beleza cresceram 0,71%; e os valores dos
remédios subiram 1,83%.
Para Chagas, com a falta de con-
corrência emdiversos segmentos
da indústria concentrados nas
mãos de poucos grupos,
fica mais fácil este repasse
das despesas observadas
em 2015.
Neste ano, os preços administrados, prin-
cipalmente a tarifa de energia elétrica, tiveram
reajustes bastante significativos e o caminho
natural de muitos produtores é a transmissão
das despesas maiores para os consumidores,
mesmo com a demanda fraca.
Conforme a Fipe, entre janeiro e maio de
2015, a energia elétrica ao consumidor acumu-
lou alta de 49,20% em São Paulo e ficou com
variaçãomuito acima da inflaçãomédia captada
pelo IPC, de 5,36%. O mesmo aconteceu no
acumulado de 12 meses, já que o item avançou
74,52% ante 7,60% do indicador.
Ao fazer um paralelo com o segmento de
empresas aéreas, onde ainda
existe uma certa concorrência,
André Chagas lembrou que
a demanda fraca já trouxe a
alternativa inevitável do baratea-
mento das passagens de avião para
que o setor atraia os consumidores
numa disputa com as outras
companhias existentes.
Em maio, por meio da pes-
quisa do IPC da Fipe, o destaque
de baixa entre todos os itens
pesquisados foi exatamente a passagem aérea,
comdeflação de 10,27%. E entre janeiro emaio,
a queda acumulada foi de 17,16% em São Pau-
lo. No acumulado de 12 meses, o recuo até
maio foi de 25,90%, segundo a Fipe.
Fonte:
Estadão Conteúdo
SAQUES DA POUPANÇA
SUPERAM DEPÓSITOS EM
R$ 3,199 BILHÕES EM MAIO
O Banco Central (BC) informou no início
de junho que os brasileiros retiraramR$ 3,199
bilhões a mais do que depositaram na pou-
pança em maio. Trata-se da menor captação
para o mês desde o início da série histórica
do BC, em 1995. Antes, o recorde pertencia
a maio de 2003, quando a poupança ficou
negativa em R$ 1,626
b i l h ã o . Ma i o
também é o
quinto mês
consecutivo
de resulta-
do negativo
este ano. No
a c umu l a d o
dos cinco primei-
ros meses de 2015,
a poupança está no vermelho (saldo
negativo) em R$ 32,28 bilhões.
A caderneta de poupança vem sofrendo
desfalques porque as famílias estão apertadas
com o endividamento e a inflação elevada.
Além disso, com a taxa Selic mais alta, ela
perde atratividade como investimento. Em
3 de junho, o Comitê de Política Monetária
(Copom) elevou pela sexta vez consecutiva a
taxa básica de juros da economia. Atualmen-
te, ela está em 13,75% ao ano.
Em maio, os saques na poupança soma-
ram R$ 156,43 bilhões, superando os depó-
sitos, que ficaram em a R$ 153,23 bilhões. O
valor total nas contas dos poupadores ficou
em R$ 648,77 bilhões. O volume dos rendi-
mentos creditados aos investidores alcançou
R$ 3,662 bilhões. Do saldo das cadernetas
de pou- pança em abril, R$ 507,7 bilhões
pertencem ao Sistema
Brasileiro de Poupança e
Empréstimos (SBPE) e R$
141,068 bilhões à poupan-
ça rural.
Pela regra atual, quando
a taxa Selic está maior que
8,5%ao ano, a poupança rende
0,5% ao mês mais a Taxa Re-
ferencial (TR). Essa fórmula
está em vigor desde o fim
de agosto de 2013, quando a
Selic ultrapassou o patamar de
8,5%. Quando os juros básicos da
economia estão iguais ou inferiores a 8,5%
ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic
mais a TR. (ABr). Fonte: Jornal do Commercio
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JUNHO | 2015
COMÉRCIO
A presidente Dilma Rousseff sancio-
nou, no início de junho, praticamente
sem vetos a lei que regulamenta os
novos direitos dos empregados domés-
ticas. Foram feitos apenas dois vetos
ao projeto aprovado pelo Congresso
Nacional e que não alteram a essência
da proposta. A nova legi s lação dará
à categoria acesso a benefícios como
seguro-desemprego, salár io famí l ia,
FGTS obrigatório, multa nas demissões
sem justa causa e adicional noturno,
dentre outros.
Havia expectativa de que a presiden-
te vetasse a redução da alíquota patro-
nal para o INSS, de 12% para 8%, diante
da estimativa de perda na arrecadação
de R$ 700 milhões por ano e da anteci-
pação da multa nas demissões sem justa
causa, na forma de uma contribuição
mensal de 3,2% sobre o salário.
Os técnicos envolvidos defendiam
o pagamento de 40% no ato das demis-
sões, alegando que o encargo tem como
objet ivo desest imular as demissões.
Com a antecipação, essa finalidade fi-
caria desvirtuada. A duração do banco
de horas de um ano também foi motivo
de solicitação de veto, principalmente
do Ministério do Trabalho.
Lei das domésticas é
sancionada com INSS
menor para patrões
Os patrões terão até outubro deste
ano para cumprir as novas obrigações.
E s s e p ra zo fo i f i xado pa ra que a s
áreas do governo envolvidas adotem
medidas operacionais para faci l itar o
pagamento, como por exemplo, pôr em
funcionamento o Simples Doméstico,
que permitirá a uni f icação das guias
de recolhimento. Também será edita-
do um decreto para detalhar as novas
regras.
Fonte: Gazeta do Povo
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