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Comércio da Baixada Santista projeta fim de ano melhor

04/11/2019

Sheila Almeida

O comércio da Baixada Santista está otimista com a chegada do final do ano e projeta, em média, 5% mais vendas do que em 2018. Entre os motivos, estão os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a retomada do emprego e as quedas das taxas de juros e do endividamento, como aponta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomercio), Omar Abdul Assaf.

Segundo ele, o País está mostrando sinais de recuperação e a região responde a tudo isso.

“Houve uma injeção de muitos milhões, nos últimos três meses, com o PIS e o FGTS. E ainda vão entrar o 13º salário e os reajustes salariais. Depois de três anos de Natal frustrado para o comércio, este ano a gente tem certeza de que uns 5% melhora. Alguns otimistas chutam até mais”, diz, apontando que muitos usaram os R$ 500 do FGTS para pagar contas e sair do vermelho.

“Aí, quem sai do negativo volta a gastar. Tanto que percebo consumidores mais conscientes. Compram menos, mas usam mais o débito para negociar”, indica.

No cenário nacional, o Indicador de Atividade do Comércio, da Serasa Experian, mostrou alta de 4,2% em setembro – o maior aumento desde agosto de 2018, quando se registraram 4,7%.

Outro dado positivo é que, numa pesquisa com 764,8 mil microempreendedores individuais (MEIs), 88% dos iniciados há dois anos continuam ativos. Deles, 26,3% são comerciantes e 2,7% conseguiram ampliar a atuação a ponto de mudar a natureza jurídica.

Empregos

Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram que, em setembro, a Baixada Santista abriu 1.038 vagas com carteira assinada. Embora seja positivo, o número é menor do que registrado no mesmo mês do ano passado. Em nível nacional, o mês teve o melhor resultado desde 2013, com 157.2 mil vagas.

Nicolau Obeidi, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas Santos-Praia (CDL Santos-Praia), conta que em sua loja, no ano passado, contratou quatro funcionários para o fim do ano. Agora, chamou seis.

“Acho que este ano, apesar de ter sido difícil, será melhor. Nada de outro mundo, mas, devagarzinho, vamos voltando a patamares da época menos ruim, de 2014. Acredito que a melhora fique em torno de 4% ou 5%, o que seria uma retomada muito grande em relação a o ano passado”, diz.

Camilo Rey Andújar, presidente da CDL-Santos, também crê numa retomada e destaca que, no Centro de Santos, ajudam as novidades anunciadas pela Prefeitura para proporcionar melhorias na área e, ainda, descontos e isenções de impostos em alguns casos.

Prevendo crescimento entre 5% e 6% em relação ao Natal do ano passado, Andújar vê o mercado reagindo bem e investidores fechando negócios.

“Mas, em minha opinião, é um pouco por otimismo e um pouco por ver o que está acontecendo”, conta.

Regina do Carmo, presidente da Associação Comercial de São Vicente (Aciesv), crê em alta de 5%, puxada pelos setores de vestuário, calçados, tecnologia e cosméticos.

“São os itens mais fortes em vendas na Cidade. Com menor taxa de juros e o pessoal recebendo o 13º, vai melhorar, sim”, aposta. 



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